CONTAMINAÇÃO DOS PEIXES E PROLIFERAÇÃO DE ALGAS NA LAGOA DA PAMPULHA
Carolina Barcelos,
Bruna Silva, Daysiane Gonçalves, Alexis Duarte
6º ano C
A fauna e a flora da lagoa estão
contaminados por metais pesados, como chumbo, cádmio e zinco. São elementos
tóxicos que se desprendem de eletrodomésticos atirados nos afluentes da lagoa e
vão parar no principal cartão-postal da capital. De acordo com o Atlas da
Qualidade da Água do Reservatório da Pampulha, do Laboratório de Gestão
Ambiental de Reservatórios (LGAR) da UFMG, amostras da musculatura e do fígado
de peixes da Pampulha atestaram índices graves de contaminação. O chumbo, por
exemplo, metal que acumula nos ossos humanos com o tempo, chegou a 7 mg/g,
quando a legislação nacional, de 1977, não recomenda consumo acima de 0,8 mg/g.
Quem consome a carne desses animais acaba exposto a quase nove vezes o
recomendado.
A ictiofauna (espécie de peixe)
também foi objeto de levantamentos realizados no período de 1987 a 1992 e em
2002. No primeiro levantamento existiam na lagoa 19 espécies sendo que destas
12 não foram encontradas no último levantamento, que registrou o aparecimento
de 3 novas espécies. Desta forma, existem hoje na lagoa somente 10 espécies de
peixes, sendo predominante a presença da Tilápia Rendalii.
Os animais que vivem na lagoa
estão contaminados com metais pesados, como alumínio e chumbo, que se acumulam
no organismo. Ao contrário do que muitos pescadores pensam, a fritura ou
cozimento dos peixes não acaba com o risco de contaminação.
A água verde que indica a
presença de algas e bactérias causadas pelo excesso de poluição, o mau cheiro e
a grande quantidade de lixo incomodam a população e os turistas.
O problema que mais causa repulsa
nos frequentadores da lagoa é a grossa camada de algas mortas que retém lixo e
exala odor desagradável. De acordo com o atlas, a clorofila medida no lago
aponta para concentrações de até 2,85 gramas de algas para cada litro d’água.
Com a morte dos organismos aquáticos, formam-se camadas malcheirosas de mais de
cinco centímetros. “Quando morrem e se decompõem, as cianobactérias desprendem
gás sulfídrico, que é tóxico e responsável pelo mau cheiro que incomoda os
visitantes”, atesta o coordenador do LGAR, o biólogo Ricardo Motta Pinto
Coelho. Além disso, se ingerida a cianobactéria podem até matar.
A poluição acelera o ciclo de
degradação. “Esses organismos são fertilizados pela poluição que chega dos
córregos que abastecem a Pampulha. Encobrem a lagoa, impedem a entrada de luz e
a produção de oxigênio”, afirma Coelho. As maiores concentrações ficam entre os
bairros Bandeirantes, Braúnas, Garças e Copacabana, que concentram às suas
margens atrações turísticas como o Parque Ecológico, o Zoológico, o clube AABB,
exatamente onde a prefeitura instalou uma rede para conter lixo e aguapés.
A represa da Pampulha é o mais
antigo e tradicional dos lagos da região metropolitana de Belo Horizonte,
localizada no ribeirão Pampulha, na bacia do Rio das Velhas / São Francisco.
Além de sua beleza paisagística, ela é valorizada pelo famoso conjunto de
edificações que representam importantes marcos na arquitetura brasileira.
Fontes:
http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortal&app=regionalpampulha&tax=8645&lang=pt_BR&pg=5484&taxp=0&
http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4019794-EI8139,00-Poluicao+pode+transformar+parte+da+Lagoa+da+Pampulha+em+brejo.html
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