domingo, 24 de junho de 2012


CONTAMINAÇÃO DOS PEIXES E PROLIFERAÇÃO DE ALGAS NA LAGOA DA PAMPULHA

Carolina Barcelos, Bruna Silva, Daysiane Gonçalves, Alexis Duarte
6º ano C


A fauna e a flora da lagoa estão contaminados por metais pesados, como chumbo, cádmio e zinco. São elementos tóxicos que se desprendem de eletrodomésticos atirados nos afluentes da lagoa e vão parar no principal cartão-postal da capital. De acordo com o Atlas da Qualidade da Água do Reservatório da Pampulha, do Laboratório de Gestão Ambiental de Reservatórios (LGAR) da UFMG, amostras da musculatura e do fígado de peixes da Pampulha atestaram índices graves de contaminação. O chumbo, por exemplo, metal que acumula nos ossos humanos com o tempo, chegou a 7 mg/g, quando a legislação nacional, de 1977, não recomenda consumo acima de 0,8 mg/g. Quem consome a carne desses animais acaba exposto a quase nove vezes o recomendado.

A ictiofauna (espécie de peixe) também foi objeto de levantamentos realizados no período de 1987 a 1992 e em 2002. No primeiro levantamento existiam na lagoa 19 espécies sendo que destas 12 não foram encontradas no último levantamento, que registrou o aparecimento de 3 novas espécies. Desta forma, existem hoje na lagoa somente 10 espécies de peixes, sendo predominante a presença da Tilápia Rendalii.

Os animais que vivem na lagoa estão contaminados com metais pesados, como alumínio e chumbo, que se acumulam no organismo. Ao contrário do que muitos pescadores pensam, a fritura ou cozimento dos peixes não acaba com o risco de contaminação.

A água verde que indica a presença de algas e bactérias causadas pelo excesso de poluição, o mau cheiro e a grande quantidade de lixo incomodam a população e os turistas.

O problema que mais causa repulsa nos frequentadores da lagoa é a grossa camada de algas mortas que retém lixo e exala odor desagradável. De acordo com o atlas, a clorofila medida no lago aponta para concentrações de até 2,85 gramas de algas para cada litro d’água. Com a morte dos organismos aquáticos, formam-se camadas malcheirosas de mais de cinco centímetros. “Quando morrem e se decompõem, as cianobactérias desprendem gás sulfídrico, que é tóxico e responsável pelo mau cheiro que incomoda os visitantes”, atesta o coordenador do LGAR, o biólogo Ricardo Motta Pinto Coelho. Além disso, se ingerida a cianobactéria podem até matar.

A poluição acelera o ciclo de degradação. “Esses organismos são fertilizados pela poluição que chega dos córregos que abastecem a Pampulha. Encobrem a lagoa, impedem a entrada de luz e a produção de oxigênio”, afirma Coelho. As maiores concentrações ficam entre os bairros Bandeirantes, Braúnas, Garças e Copacabana, que concentram às suas margens atrações turísticas como o Parque Ecológico, o Zoológico, o clube AABB, exatamente onde a prefeitura instalou uma rede para conter lixo e aguapés.

A represa da Pampulha é o mais antigo e tradicional dos lagos da região metropolitana de Belo Horizonte, localizada no ribeirão Pampulha, na bacia do Rio das Velhas / São Francisco. Além de sua beleza paisagística, ela é valorizada pelo famoso conjunto de edificações que representam importantes marcos na arquitetura brasileira.

Fontes:
http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortal&app=regionalpampulha&tax=8645&lang=pt_BR&pg=5484&taxp=0&
http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4019794-EI8139,00-Poluicao+pode+transformar+parte+da+Lagoa+da+Pampulha+em+brejo.html

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