domingo, 24 de junho de 2012


QUALIDADE DO PEIXE PESCADO NA LAGOA DA PAMPULHA

André Luís, Thiago Duque, Bernardo de Morais, Luciana Gonçalves, Beatriz Murari
6º ano D

     O incômodo do mau cheiro é um problema, mas outro, ainda pior e imperceptível, é a contaminação das águas e peixes por metais pesados, derivados dos efluentes líquidos industriais. Além de prejudicar o turismo e as atividades recreativas, a poluição compromete a segurança da população, principalmente, em função da pesca de subsistência ainda praticada no local.
 
Importante

    Desde Novembro de 2003, as amostras são coletadas, a cada três meses, na Lagoa e em dois pontos do Ribeirão Pampulha. Os métodos de pesca escolhidos foram a rede de emalhar, para estações de coleta de média profundidade, e tarrafas, para áreas marginais e pouco profundas.

   Logo após a captura os peixes são separados por espécie, aparelho de pesca, estação de coleta, comprimento e peso. Descartada a pele, é feita a filetação e a retirada das vísceras (brânquias, rim, fígado e baço). As amostras são, então, pesadas, etiquetadas e os registros dos dados, copilados em fichas padronizadas pelo laboratório de Ictologia e Ecotoxicologia do Setor de Recursos da Água do Cetec.

                                                             Desfecho

  Resultados preliminares apontam, sob o ponto de vista de saúde pública, que os níveis estão acima dos limites de tolerância estabelecidos pela legislação brasileira somente para o chumbo. Para o cádmio , as concentrações mais elevadas ocorrem nas vísceras, que não fazem parte da dieta humana e , portanto, não representam risco.


PROLIFERAÇAO DE ALGAS

    A poluição e o assoreamento estão longe de ser o único problema vivido pelo complexo. Com a chegada do tempo seco, aumentaram a concentração de esgoto e a proliferação de algas nas águas da represa. O resultado é uma lagoa verde e um odor que beira o insuportável.

Motivo

  De acordo com o engenheiro florestal do Programa de Recuperação e Desenvolvimento Ambiental da Bacia da Pampulha (Propam) Edmilson dos Santos, na estação seca há uma piora nos níveis de poluição, devido à menor quantidade de água. A combinação de excesso de esgoto, alta incidência solar e baixa oxigenação das águas, é perfeita para a proliferação das algas. O quadro também contribui para a mortandade de peixes.

  Segundo Santos (Edmilson Santos), não há alternativa economicamente viável para a retirada das algas da lagoa. A tendência é de que nos próximos meses elas parem de se reproduzir. “Não tem muito o que fazer. Uma proposta apresentada é a aplicação de ozônio, filtrando a água, mas ela ainda está em estudo. O que temos feito são ações contínuas para eliminar o esgoto da lagoa, mas ainda existe muita rede clandestina. Com as obras de saneamento em Contagem e na margem esquerda da Pampulha, a tendência é de que a situação melhore no ano que vem”, afirma
 
   Mas nem mesmo o cheiro e a crosta verde que escondia as águas afastaram pescadores da orla. Sidney Silva Rocha, de 28, é um dos que não tiram o anzol da lagoa. Ele nem se importa com as placas informando que a prática é proibida no local. Na quinta-feira, o dia foi bom: ele pegou uma carpa de quase meio metro e já pensava em como prepará-la para o janta, “ensopadinha”. Para pescar, foi preciso afundar as pernas nas algas. “ Nesta época do ano, fica muita alga aqui, fede muito, mas não me impede de pescar. Venho toda semana e encontro de tudo aqui : tilápia, carpa”, afirma. 

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