domingo, 24 de agosto de 2014

Reportagem sobre assoreamento

link para a reportagem: http://g1.globo.com/sao-paulo/sao-jose-do-rio-preto-aracatuba/noticia/2014/05/assoreamento-afeta-profundidade-da-represa-municipal-de-rio-preto.html


Assoreamento afeta profundidade da Represa Municipal de Rio Preto

Profundidade deveria ser de três metros e está a 85 cm em alguns pontos. 
Da represa sai de 30% a 40% da água que é usada no município.

Do G1 Rio Preto e Araçatuba
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O Semae, Serviço Municipal de Água e Esgoto, de São José do Rio Preto (SP) informou que a cidade não vai sofrer falta d’água neste ano, mas na represa municipal - responsável pelo abastecimento de boa parte da cidade - a situação é mais que preocupante: a profundidade das lagoas 'caiu pela metade'.
A Represa Municipal é um dos cartões postais de Rio Preto e, além de ponto turístico, é também uma importante fonte de abastecimento de água. Dela sai de 30% a 40% do que é usado no município. Olhando de fora parece que está tudo bem, com a cascata no vertedouro dando sinais de que a represa está cheia e o nível é considerado normal para esta época do ano.
Mas ao navegar pelo local na companhia de um biólogo, é possível constatar o problema. A profundidade dos lagos que deveria ser de aproximadamente três metros está cada vez menor. “Em alguns locais a profundidade está a 85 centímetros, e isso é o assoreamento. A origem disso é o fato de não ter APP (Área de Proteção Permanente) na represa, acima da represa falta vegetação para proteger as margens do rio”, afirma o biólogo Arif Cais.

A represa foi construída na década de 1950 e a profundidade média inicial era de três metros e meio. Com o passar dos anos, a capacidade de armazenamento foi diminuindo, por consequência do acúmulo de terra, lixo e entulho no fundo dos lagos, o chamado assoreamento. “O grande problema é que o assoreamento está causando diminuição na capacidade de armazenamento de água e a função da represa é o abastecimento público”, diz Arif Cais.
Uma das consequências do assoreamento é a formação de bancos de areia, mas na Represa Municipal de Rio Preto a situação é tão complicada que uma enorme ilha tomou conta do centro de um dos lagos, onde há vegetação e animais silvestres. A paisagem é até bonita, mas todo espaço deveria estar ocupado por água e não terra.
A dragagem, que é o serviço de remoção da terra do fundo da represa, seria uma solução para o problema. A última vez que a prefeitura de Rio Preto usou este equipamento foi em 2007. A manutenção não foi concluída porque a máquina, emprestada, quebrou. De lá para cá, nada foi feito pelo poder público. Na opinião do especialista, é preciso tomar uma medida urgente para que a cidade não sofra no futuro com problemas no abastecimento de água. “O sistema está sobrecarregando a retirada de água subterrânea, do aquífero Bauru e Guarani, e isso causa um estresse nestes postos e não deveríamos estar assim”, afirma Cais.
O Serviço de Água e Esgoto informou em nota que o abastecimento não está comprometido em Rio Preto, e que a autarquia tem um projeto para dragar o fundo das lagoas, mas não disse quando.
Assoreamento está diminuindo profundidade da represa de Rio Preto (Foto: Reprodução/ TV TEM)Assoreamento está diminuindo profundidade da represa de Rio Preto (Foto: Reprodução/ TV TEM)

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