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Brasileiros criam sistema que transforma caixa d’água em miniusina hidrelétrica
07 de Agosto de 2014 • Atualizado às 11h16
Enquanto cientistas em todo o mundo tentam aumentar a eficiência dos
grandes sistemas de produção energética, dois empreendedores brasileiros
desenvolveram uma solução simples para gerar energia limpa em casa.
Apelidada de UGES, a tecnologia transforma as caixas d’água em
miniusinas hidrelétricas.
O nome é uma abreviação de Unidade Geradora de Energia Sustentável e a
criação é fruto do trabalho dos engenheiros Mauro Serra e Jorgea
Marangon. A tecnologia é simples e pode ser utilizada em qualquer caixa
d’água, independente de seu tamanho. “A UGES transforma a passagem da
água que abastece os reservatórios em um sistema gerador de energia.
Vale destacar que o consumo diário de água no país é, em média, de 250
litros por pessoa, consumo que é totalmente desperdiçado como forma de
energia. Ao desenvolver um sistema que reaproveita essa energia, podemos
gerar eletricidade, sem emissão de gases e totalmente limpa”, destacou
Mauro Serra, em entrevista à
Faperj.
Foto: Divulgação
A ideia já foi patenteada e logo deve estar disponível no mercado. Além
de contar com um sistema instalado dentro do próprio reservatório de
água, o UGES também precisa de uma unidade móvel para que seja possível
transformar toda a energia captada em eletricidade e assim distribuí-la
para o uso doméstico. No entanto, ele não precisa de uma fonte externa
de energia para funcionar.
Foto: Divulgação
“Ao entrar pela tubulação para abastecer a caixa, a água que vem da rua
é pressurizada pelo sistema gerador de energia, passando pela miniusina
fixada e angulada na saída de água do reservatório”, explica Serra.
Depois disso, a pressão gera energia, que é transformada em
eletricidade. O empreendedor explica que a produção é ideal para
abastecer lâmpadas, geladeiras, rádios, computadores, ventiladores,
entre outros aparelhos domésticos. A energia só não é ideal para ser
usada em equipamentos de alto consumo, como chuveiros e secadores de
cabelo.
Foto: Divulgação
Não é possível quantificar com exatidão a produção, pois a variação
depende do tamanho da caixa d’água e da quantidade de água consumida.
“Se ela for instalada em um sistema de abastecimento de água municipal,
poderá, por exemplo, ser dimensionada para gerar energia suficiente para
abastecer a iluminação pública. Imagine então esse benefício em certos
locais como restaurantes, lavanderias ou mesmo indústrias, onde o
consumo de água é grande”, exemplifica o inventor. Outro ponto positivo
do sistema é o armazenamento do excedente para uso posterior e a
independência – ao menos, parcial – das redes de distribuição.
Redação CicloVivo
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